sexta-feira, 31 de julho de 2009

Para Meditar


Um jovem arrogante, quadro superior de uma grande organização participava numa reunião bastante concorrida composta por pessoas de todas as idades.
Os inúmeros participantes assistiam a um jogo de palavras entre alguns intervenientes cada um deles defendendo os seus pontos de vista.
Achando-se “dono da verdade” num estilo muito exuberante que a sua idade não lhe permitia ver, tomou para si a responsabilidade de querer explicar aos mais velhos porque era impossível a alguém da velha geração entender ou estar ao nível das pessoas da sua geração.

"Vocês cresceram num mundo diferente, um mundo quase primitivo!", afirmou o jovem alto e claro de modo que todos em volta pudessem ouvi-lo.
"Nós, os jovens de hoje, crescemos com Internet, telemóveis, televisão, aviões a jacto, viagens espaciais, homens caminhando na Lua, nossas aeronaves, expedições a Marte, energia nuclear, carros eléctricos, gás natural, GPL e hidrogénio, computadores com capacidades extraordinárias de processamento, portáteis e...," - fez uma pausa para tomar um gole de água.

Um dos participantes aproveitou-se do intervalo do gole para interromper a liturgia do “Yuppie” em sua ladainha e disse:

“Realmente você está certo. Nós não tivemos essas coisas quando éramos jovens por que estávamos ocupados em inventa-las. E você, um merdoso arrogante dos dias de hoje, o que está fazendo para a próxima geração?”

O “Yuppie” ficou sem fala e grande parte da assembleia aplaudiu ruidosamente, de pé!

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Amizades

A vida caminha precipitadamente. Perseguimos alguns esquemas flutuantes ou somos perseguidos por algum medo ou autoridade atrás de nós. Mas, se, de repente, encontramos um amigo, paramos; o nosso calor e a nossa pressa tornam-se ridículos. Ora a pausa, ora o domínio são necessários e também a força para encher o momento dos eflúvios do coração. O momento é tudo, em todas as relações nobres. Se a todos nós fosse concedido o poder, como num passe de mágica, de ler a mente uns dos outros, suponho que o primeiro efeito seria que quase todas as amizades se desfariam. O segundo efeito, entretanto, poderia ser excelente, pois um mundo sem amigos seria sentido como intolerável, e nós teríamos de aprender a gostar uns dos outros sem a necessidade de um véu de ilusão para esconder de nós mesmos que não nos consideramos uns aos outros pessoas absolutamente perfeitas. Sabemos que os nossos amigos têm as suas falhas, e que apesar disso são pessoas de um modo geral aprazíveis das quais gostamos. Consideramos intolerável, no entanto, que tenham a mesma atitude connosco. Esperamos que pensem que, ao contrário do resto da humanidade, nós não temos falhas. Quando somos compelidos a reconhecer que temos falhas, tomamos esse facto óbvio com demasiada seriedade. Uma pessoa divina é a profecia do espírito; um amigo é a esperança do coração. A nossa ventura espera pela concretização destas duas em uma.
Um verdadeiro amigo é uma coisa tão vantajosa, para dizer bem deles e os defender mesmo na sua ausência, que devem fazer tudo para os ter. Mas que escolham bem; pois, se fizerem todos os seus esforços por estúpidos, isso ser-lhes-á inútil, por muito bem que digam deles; e mesmo não dirão bem se se sentirem mais fracos, pois não terão autoridade; e assim dirão também mal por companhia. Ainda que devendo muito aos que muito me louvam, eu não quero ser-lhes obrigada pela gratidão. Mas sim grato porque estou com eles, devido a circunstâncias que a todos nós agradam e são um laço mais entre nós, sem constituírem um dever. Eu pretendo dizer da amizade o que Diógenes dizia do dinheiro: que ele o reavia dos seus amigos, e não que o pedia.
Citador

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

melancolia


sentimento de incapacidade, desgosto em relação à própria vida;